Cancão, Malazarte e Trupizupe

Cancão, Malazarte e Trupizupe
Praça central da cidade de Jacaraú

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



Encontro Nacional de Teatro de Rua é realizado em João Pessoa-PB


De 13 a 16 de setembro, artistas e articuladores culturais de vários estados do país participam do 11º Encontro Nacional da Rede Brasileira de Teatro de Rua, que tem como objetivo principal promover e debater as diretrizes que devem ser adotadas pelo movimento teatro de rua. Os interessados em participar do encontro  devem se inscrever gratuitamente pelo e-mail quemtembocaepragritar@gmail.com. O evento é organizado pelo Grupo de Teatro Quem Tem Boca é pra Gritar, de João Pessoa, e tem o apoio da Funesc, Funjope, Funarte, Sebrae e do Fórum de Teatro de João Pessoa.

A sede do encontro, onde ocorrerão as atividades internas, é o “ Galpão  Usina de Arte sede do grupo no Centro Histórico, vizinho ao Hotel Globo.  Durante os quatro dias também será realizada uma programação externa.  Na sexta-feira(14),  às 16h, os participantes saem em cortejo do Centro Histórico até o Ponto de Cem Réis, e lá encenarão um espetáculo e performances de cada estado com representação.

No domingo(16), às 8h, no Galpão da Usina de Arte, será realizada uma palestra com Amir Haddad, diretor do Grupo de Teatro Tá Na Rua, que é um dos pioneiros do segmento no Brasil. 

O encontro será encerrado as 16 horas do dia 16 de setembro na Feirinha de Tambaú com a leitura da Carta de João Pessoa, que é um documento elaborado no evento, e que constam as diretrizes apontadas entre os artistas e articuladores culturais. Ainda terá a encenação do espetáculo de Mossoró “Os Ciganos”.

 Rede Brasileira de Teatro de Rua

Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) é formada por movimentos de teatro de todo Brasil, artistas independentes e militantes da cultura que somam não só na quantidade, mas na qualidade dos debates e propostas que visam o fortalecimento e o crescimento de uma rede horizontal e democrática.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Primeira Impressão do Shakespeare com Suco de Laranja

Por Joelson Topete


“Montar um clássico é como um monólogo para um ator ou lhe fará um grande ator ou destrui-lo-á completamente”. (Humberto Lopes)



Vai ser um grande projeto para o grupo e um desafio para os atores. O diretor Humberto Lopes propõe que deveríamos fazer um estudo de duas obras de Shakespeare (Sonho de uma Noite de Verão e A Tempestade), com o objetivo de pegar os personagens daquela época e fazer uma viagem futurística com eles, para buscarem traços dos dias atuais, e ao mesmo tempo levando-os para o seu século de origem (XV) e observa-los como se comportam. Fazendo um jogo cênico de duas realidades diferentes.

O grupo convidou o professor Erlon Cheque da Universidade Federal da Paraíba com o intuito de nos ajudar na parte dramatúrgica.

Aos 29 de março começamos a leitura do “Sonho de uma noite de verão”, ao fim discutimos os pontos em comum da obra (texto, conflito, ponto cômico e personagem).

No dia 10 de abril nós demos inicio ao outro texto “A tempestade”, acabamos no mesmo dia e fizermos a reflexição do texto e comparação do mesmo para sabermos se há pontos em comuns em relação ao primeiro texto abordado.

No dia 12 de abril nós fizermos o primeiro trabalho corporal e o estudo improvisado de uma cena do primeiro texto, conseguimos brincar com as cenas. Mais ainda não é o que nós queremos completamente falta um muito e um pouco para obtermos que queremos.


Os atores quando se propõem a fazer um processo inteiramente intensivo ele deixar de ser um ser humano e passa a ser um ator” (Joelson Topete)

Espremendo as Laranjas

Por Maycon Nascimento


"Shakespeare com Suco de Laranja", vem a ser um projeto instigante, pela forma que vem sendo abordado. A viagem que se pretende fazer levando os atores para conhecer o século XV, e depois trazer as personagens para os dias atuais e leva-las novamente à sua época, para assim saber como elas reagirão a esse impacto de época. É fascinante. É uma experiência desafiadora para qualquer ator.

         A escolha dos textos, a leitura e a compreensão que o grupo vem adquirindo, proporciona um entusiasmo e uma grande expectativa sobre a dramaturgia do projeto. Os improvisos em torno dos textos de Shakespeare que estamos estudando (Sonhos de uma noite de verão e a tempestade) será de grande importância para descobrirmos qual a linha que iremos seguir. O treinamento físico que iniciamos (primeiramente com o treino de bastão) promete ser desafiador, mas com certeza teremos uma ótima preparação para o resultado final.

         A confiança que o diretor Humberto Lopes vem depositando no grupo, preparando-nos para superar as dificuldades desse projeto e nos enriquecendo teoricamente com suas experiências, deixa o grupo mais unido e focado na realização desse projeto que será com toda a certeza a consagração dessa nova geração do Quem Tem Boca é Pra Gritar.

"Um ator para ser bom não precisa ser Genial, basta ser dedicado" (Humberto Lopes)



sábado, 16 de junho de 2012


Shakespeare com suco de laranja 
Por Ademilton Barros

  
Quando tivemos a primeira reunião para iniciarmos o processo da nova montagem, Humberto Lopes propôs trabalhar com Shakespeare. Escolhendo dois textos fabulosos “UM SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO” e “A TEMPESTADE”, já me causando uma inquietação de como iremos construir um clássico shakespeariano de linguagem tão complexa pra rua. A contra ponto desta inquietação veio a instiga deste desafio, aumentando ainda mais quando Humberto começou a propor alguns princípios, que não seria trazer o Shakespeare pra modernidade e nem construirmos as personagens como no século XVI, e sim as personas do tempo pós-moderno fazer uma “viagem no tempo” vivenciando este outro universo.
            Começamos a ler os textos escolhidos, primeiro pelo “Sonho De Uma Noite De Verão”, texto que eu já havia tido oportunidade de conhecer. Neste mesmo tempo conseguimos um somador de ideias que iria nos ajudar bastante na parte teórica e na dramaturgia, o grande Erlon Cherque, professor doutor do Departamento de Teatro da UFPB.
            Outra expectativa e ansiedade é a dramaturgia, pois decidimos a priori não trabalhar com um texto específico e nem adaptá-los. Começamos a propor e expor algumas ideias para construção da dramaturgia através de jogos de improvisação com o texto.


“O Shakespeare com suco de Laranja é um filho que a gente quer ter!”



segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Nós na cena" filhote do Quem Tem Boca é Pra Gritar

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=z4JLSk1z2zI

sábado, 28 de abril de 2012

Estreia "As Aventuras do Dinheiro Voador"

Nesta ultima sexta feira, dia 17 de abril, nasceu mais um filho do Quem Tem Boca.

 As Aventuras do Dinheiro Voador é um espetáculo temático que aborda os conceitos da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, este  foi um pedido do SEBRAE para que os municípios que ainda não têm esta lei, procure saber, para que ela beneficie também seu município. A lei trata da facilidade do acesso das compras públicas serem realizadas no seu próprio município.

O Texto é de Tarcísio Pereira e a direção é de Humberto Lopes.

Tivemos uma ótima recepção na cidade de Lucena.  O espetáculo está de malas prontas para circular pelas cidades da Paraíba.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Preparando um suco de laranja


Por Cleiton Teixeira

     Um suco de laranja é rico em vitamina C, com vários benefícios à saúde, e os textos de Shakespeare são ricos de imagens que nos encantam. Fazendo grandes benefícios à saúde da imaginação. Por isso, eu receito:
Tomem Shakespeare com Suco de Laranja!

    Em nosso “liquidicodificador” para o preparo, começamos pela leitura do texto onde percebemos que tem muito haver com o Teatro de rua, à medida que líamos já percebíamos a textura que dava inicio ao processo.
 Encantou-me “SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO” e “A TEMPESTADE”, pelo que percebi os textos têm particularidades e similaridades.

      O trabalho com o bastão dá inicio a essa jornada, sendo significativo e proveitoso para o desenvolvimento do processo, nos proporcionando novas possibilidades com o corpo e potencializando uma energia, reforçando as conquistas do nosso processo anterior. Acredito que acharemos ainda a relação do exercício do bastão com o corpo na cena.

     O fato de não termos prestabelecido falas e ações durante as primeiras improvisações se tornou mais proveitoso, por que as possibilidades de improvisações não ficam limitadas ao que o texto pede, e assim as falas se tornam mais livres nesta montagem, estabelecendo formas de linguagens.
 Contudo, falo que o suco está sendo preparado, e creio que será delicioso.
O Shakespeare com suco de laranja começou a ser preparado, quem estiver com sede ... aguarde...


Preparando um suco

Por Mirtia Guimarães

Desde que comecei a estudar teatro tinha desejo de montar alguma peça de Shakespeare, primeiro por ser um clássico da literatura teatral e segundo por achar suas peças atraentes e muito dinâmicas. Ficava imaginando um Shakespeare sendo montado na rua, porque já acreditava que suas peças tinha tudo a ver com o universo da rua, sim por saber que este autor é também popular, e que seus textos brincam muito com o imaginário de quem está lendo, me trazendo a possibilidade de ousar comparar com a nossa cultura nordestina, onde os contadores de história, os emboladores de coco, os artistas de rua e até mesmos nossos avôs que também brincam e exploram este imaginário popular através de suas histórias encantadas. 

Para minha felicidade e satisfação vamos comemorar os 25 anos do grupo com um Shakespeare, a ideia não é montar uma obra deste, mas experimentar o universo shakespeariano na sua linguagem cômica. À priori vamos trabalhar com dois textos: “Sonho de uma Noite de Verão” e a “Tempestade”. O propósito é lermos e improvisar a partir deles.

Relendo os textos pude perceber quanta possibilidade podemos explorá-lo na rua, observo que nos dois existem elementos parecidos como a presença das hierarquias, dos personagens fantásticos, dos elementos lúdicos e cômicos que são bem similares. Vejo no “Sonho de uma noite de verão” muitas imagens para ação propriamente dita, o que não fica muito claro na “Tempestade”, não sei se por causa dos longos diálogos, porém neste são mais intensas as imagens fotográficas, os desenhos que a cena pode trazer.

 Mas essa ideia se desmanchou quando experimentamos as improvisações, as ações foram melhores executadas quando fizemos a “Tempestade” as intenções estavam mais claras e tivemos muita facilidade de criar o desenho da cena. Também me senti melhor, mais à vontade. Acredito também que o “sonho de uma noite...” não tenha sido tão feliz por ter sido o primeiro, não estávamos entendendo direito o que queríamos. Porém esta é apenas uma impressão que fico deste primeiro contato físico com as obras.

O projeto está fluindo de uma forma muito generosa e delicada. Sinto muito prazer em poder experimentar estas possibilidades, também percebo esta leveza dos meus companheiros de trabalho. Percebo muita satisfação de todos e muita vontade de realizar este trabalho da melhor forma, e o mais importante é que estamos nos divertindo. Literalmente está nascendo, pois este é um processo que está profundamente mergulhado em nós mesmo, em nossas experiências e nossas histórias vivenciadas, escutados ou contadas por nós.