Shakespeare com suco de laranja
Por Ademilton Barros
Quando tivemos a primeira reunião para iniciarmos o processo da nova
montagem, Humberto Lopes propôs trabalhar com Shakespeare. Escolhendo dois
textos fabulosos “UM SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO” e “A TEMPESTADE”, já me causando
uma inquietação de como iremos construir um clássico shakespeariano de
linguagem tão complexa pra rua. A contra ponto desta inquietação veio a instiga
deste desafio, aumentando ainda mais quando Humberto começou a propor alguns
princípios, que não seria trazer o Shakespeare pra modernidade e nem
construirmos as personagens como no século XVI, e sim as personas do tempo pós-moderno
fazer uma “viagem no tempo” vivenciando este outro universo.
Começamos a ler os textos
escolhidos, primeiro pelo “Sonho De Uma Noite De Verão”, texto que eu já havia
tido oportunidade de conhecer. Neste mesmo tempo conseguimos um somador de ideias
que iria nos ajudar bastante na parte teórica e na dramaturgia, o grande Erlon
Cherque, professor doutor do Departamento de Teatro da UFPB.
Outra expectativa e ansiedade é a
dramaturgia, pois decidimos a priori não trabalhar com um texto específico e
nem adaptá-los. Começamos a propor e expor algumas ideias para construção da
dramaturgia através de jogos de improvisação com o texto.
“O Shakespeare com suco de
Laranja é um filho que a gente quer ter!”
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