Cancão, Malazarte e Trupizupe

Cancão, Malazarte e Trupizupe
Praça central da cidade de Jacaraú

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quem Tem Boca é Pra Gritar - janeiro de 2014




Por Maycon Nascimento

O grupo quem tem boca é pra gritar retomou suas atividades em janeiro deste corrente ano montando um planejamento anual. Dentre os planos traçados está a retomada do processo para a montagem do Shakespeare com suco de Laranja, a preparação dos atores tem como uma de suas bases o maracatu rural, onde o foco está no treinamento do caboclo de lança, aliado a busca do “pré-caos”. Essa expressão é uma denominação do grupo e a sua definição estar sendo dada de acordo com os exercícios executados.
O “pré-caos” está ligado a construção de uma energia desenvolvida a parti da desorganização corporal. Quando uma movimentação desordenada causa uma explosão de energia, o que sobra desses movimentos é uma estrutura caótica, que passa a virar uma possível memória ao invés de um código.
Os exercícios de maracatu que estão sendo propostos estão sempre em sintonia com uma desconstrução dos movimentos dos caboclos para a construção a preparação do ator. A energia gerada guia o movimento pelo plexo, mas existe um contra ponto que faz com o que exista um equilíbrio, não permitindo apenas uma explosão e sim um controle dessa energia.
A cada novo encontro o quem tem boca estar buscando uma evolução desses exercícios, em um dos encontros foi experimentado o improviso de uma pequena cena adaptada dos textos “Sonho de uma noite de verão” e a “Tempestade” de William Shakespeare. O resultado dessa improvisação levou a um pensamento similar dos componentes, o entendimento dos exercícios é fácil de compreender, a dificuldade começa quando a memoria corporal tem que ser usada. Como executar tudo que foi usado nos exercícios sem ficar racionalizando, como foi realizado? Tudo tem que acontecer de acordo com os impulsos do corpo. Em meio a todo esse treinamento físico existe também o vocal. Essa preparação estar sendo casada com o corpo, o primeiro ponto dos encontros é o treinamento vocal e logo em seguida acontecem os exercícios físicos em que são utilizados tudo que aconteceu no de voz.
Paralelo a esse treinamento o Quem tem boca pra gritar está realizando um treinamento de malabares nesse mês, com isso pretende-se aguçar os reflexos dos atores e habilidade de focar em dois pontos ao mesmo tempo. Mais uma vez o treinamento do maracatu aparece, esses reflexos estão presentes nas habilidades do caboclo de lanceiros.
Todo o treinamento realizado está interligado, desde o caboclo de lança ao malabares, tudo ainda está no inicio, mas os resultados encontrados já são muitos satisfatórios e instiga cada vez mais os componentes do grupo.

Nesse pouco tempo do mês de janeiro o quem tem boca é pra gritar está realizando uma grande demanda, em meio a todo esse treinamento o grupo ainda viajou a Monteiro-PB para participar do festival de musica da UEPB, onde apresentou um repertório bem variado que agradou bastante o publico. Também foi colocado em prática o projeto Cine Por do Sol no Galpão usina de arte, sede do grupo. Quinzenalmente as quintas feiras estão sendo apresentados filmes que já estão fora do “circuito comercial” como Chaplin, o Gordo e o Magro para a comunidade Porto do Capim que fica ao lado da sede. O Galpão usina de artes ainda recebeu uma temporada do Coletivo Tanz, com o espetáculo de dança "O Santuário" que uni o popular e o Contemporâneo. As apresentações aconteceram nas sextas feiras e sábados de Janeiro. O grupo Quem Tem Boca agora se prepara para uma apresentação em março com o espetáculo "Cancão, Malazarte e Trupizupe". E assim aconteceu o mês de janeiro de 2014 para o Quem Tem Boca é Pra Gritar.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Menor Cortejo do Mundo


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O ator e musico Cleiton Texeira e o grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar são convidados a participar do I Festival de Cultura UEPB na cidade de Monteiro-PB que será realizado de 29 a 31 de janeiro do corrente ano realizado pelo Núcleo de Arte e Cultura Zabé da Loca e organização Asley Ravel e Claudinho. Uma apresentação musical cheia de romantismo, que vai do pesado rock aos ritmos brasileiros imbuídos da força teatral, dando uma nova roupagem a musicas já conhecidas a exemplo de, “Índio” (Caetano Veloso) declamada ao som de uma percussão e da distorção pesada de um violão, e “Pingos de Amor” (Paulo Diniz) num suave ritmo caribenho.