Cancão, Malazarte e Trupizupe

Cancão, Malazarte e Trupizupe
Praça central da cidade de Jacaraú

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jornal União

Jornal UNIÃO

Quem tem boca é pra gritar
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03 de fevereiro de 2010

O espetáculo ‘Cancão, Malazarte e Trupizupe’ será encenado, hoje, em Pedras de Fogo. O texto é de Bráulio Tavares e a direção é de Humberto Lopes, com montagem do grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar. A apresentação será na Praça da Mangueira, a partir das 19h.

A manifestação artística de maneira geral proporciona ao homem uma busca de suas origens, de seu equilíbrio, de seu papel individual e social. Há mais de 20 anos os atores do "Quem Tem Boca é Pra Gritar" estudam, pesquisam e elaboram técnicas que possibilitam a encenação do chamado "Teatro de Rua".

O "Quem Tem Boca é Pra Gritar" é um grupo de teatro que procura na estética da rua base para sua encenação. Oriundo de Campina Grande, e hoje com sede em João Pessoa o grupo já participou de festivais importantes no país, recebendo prêmios e críticas elogiosas por onde passou. A base da preparação do ator do Quem Tem Boca é Pra Gritar está fundamentada no deslocamento do eixo do corpo no coco de roda, nos guerreiros do maracatu, nos princípios da energia e do vigor do Cavalo-Marinho entre outros elementos da cultura popular, música, técnicas de circo e estudos teóricos.

O espetáculo

O princípio da ação corporal é de fundamental importância para o trabalho do ator. É o alicerce de sua linguagem artística o que faz com que o ator transforme o seu corpo, o seu gesto, em poesia fazendo-o perceber através do contato com um treinamento específico, gradativamente, as possibilidades dos movimentos, do esforço muscular e da circulação de energia necessária para a transformação do movimento em ação.

O princípio desse desafiador e instigante processo de pesquisa que moveu o grupo, no sentido de nos alimentarmos de alguns estudiosos como Dário Fo, Lecoq estudando o cômico desses trabalhos e principalmente a relação delas com o nosso fazer teatral. Iniciamos com o Fo, passando pelo cinema de Fellini, os estudos de Rudolf Laban e desaguando nas nossas manifestações populares, mais fortemente no Cavalo-Marinho.

Todo esse processo exigiu dos atores, muita dedicação, paciência, e vontade de construir personagens influenciados pela junção do que há de mais contemporâneo nas pesquisas e buscas dessa construção, com uma cultura de raízes profundas que são nossos folguedos.

editoração: júnior damasceno

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